E eu tô
aqui pra te dizer: Se liberte! Felicidade também é soltar. Buda nos ensinou:
”Alegria e prazer são baseadas na desistência”. É necessário que você aprenda a
desenvolver o hábito de concretizar o desapego e a liberdade. O que passou,
passou.
O ser
humano tem uma dificuldade imensa de encerrar ciclos, de virar a página, de
deixar ir. Difícil aceitar a morte daquilo que um dia fomos, daquilo que um dia
foi nosso, daquilo que fez parte da nossa identidade, da nossa rotina, da nossa
vida. Reforçamos a todo momento a perda, procuramos um culpado, sofremos a dor
de um luto, não aceitamos a nossa nova realidade. Nos prendemos a uma condição
que não faz mais parte do presente, ficamos imersos no sofrimento. E eu tô aqui
pra te dizer: Se liberte! Felicidade também é soltar. Buda nos ensinou:
”Alegria e prazer são baseadas na desistência”. É necessário que você aprenda a
desenvolver o hábito de concretizar o desapego e a liberdade. O que passou,
passou.
O mestre
budista Chogyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente
ir em frente e fazer da vida um modo de despertar. A capacidade de continuar
nos ajuda a perceber que nenhum problema é em saída. Seguir adiante significa
não nos deixarmos estagnar pela inércia, pelo medo ou pela irritação.
Há
momentos na vida em que é preciso desapegar-se de tudo e de todos para se
encontrar um novo caminho, uma nova forma de ver e de viver a vida. É preciso
gerar uma abertura de grandes áreas, de modo que a introdução de novidades
venha e renove as energias criativas. No entanto, para que isso aconteça,
necessário é, antes de qualquer coisa, desapegar-se do que não é mais
imprescindível, desapegar-se daquilo que foi bom mas que já não é mais tão bom
assim; desapegar-se de quem quer partir e precisamos deixar ir, desapegar-se de
uma dor, de um sofrimento, de uma tristeza que corrói a alma, desapegar-se dos
muros do passado, desapegar-se do apego que o outro possui em relação a você.
Diversas
vezes as pessoas insistem em querer permanecer vivendo situações mesmo quando
não consideram ser o melhor para elas. Ou permanecem nelas porque acham que
ainda podem conseguir algum resultado satisfatório mesmo quando a situação já
chegou ao insuportável. Ou ainda, se prendem pelo receio da carência, pelo
temor de se sentir só, pelo sentimento de incapacidade, pela dependência na
relação com o outro, pelo comodismo apesar do incômodo ou por conformismo ao se
achar pequeno demais para a vida. E quando vivem nesses padrões por tanto tempo
e resistem à mudança, acabam por não perceber o que o Universo está dizendo e
orientando para tal ou qual situação. Desapegar-se é fazer o corte físico,
energético, emocional e mental, libertando-se dos vínculos nocivos ao bom e ao
bem viver para entrar em Harmonia e Equilíbrio Pessoal, Bioenergético e
Espiritual.
Deixar ir
não significa esquecer. Não significa deixar de pensar. Deixar ir significa
viver o agora. Aceitar o que a vida tem nos dado de presente. Aceitar a maneira
que ela tem se apresentado a nós e também como nós temos nos apresentado a ela.
Tente receber tudo com sabedoria. Tudo na vida tem um lado positivo, a perda
também tem, nem que seja o aprendizado. Lutar contra nossos medos, tristezas e
monstros diários é se aproximar da nossa humanidade. Precisamos sofrer, chorar
e se abrir às novas possibilidades. Quando um ciclo se encerra, a vida nos
presenteia com outro, e talvez até melhor do que aquele que estávamos
acostumados. Saímos de um sofrimento e ganhamos força. Nos tornamos mais
humanos, ganhamos novos valores, saímos maiores!
Repita,
diariamente, como um mantra:
”Estou me
tornando calmo
Estou
deixando ir
Tendo
deixado ir, a vitória é minha
Eu sorrio
Eu sou
livre!”
Diante de
inúmeras situações semelhantes que vivi, aprendi que o vazio transborda.
Aprendi que eu, somente eu, sou capaz de dar fim ao que me causa sofrimento.
Hoje eu vejo que o apego não tinha o menor fundamento. E que de passagem em
passagem, a tal da maturidade é quem acaba ficando. Então, permita que as
coisas se renovem e que as perdas tenham mais de um sentido. E permita que a
alegria se aproxime e que traga mais calor para os teus dias. Seja forte, siga
em frente, e perceba a importância de se ter braços vazios, pra que se possa
ter espaço em si para abraçar o mundo.
”Desapegar-se…
É um ato de amor por si!”
Sei que
parece que jamais serás o mesmo e que nada mais fará sentido como antes, mas
assim como é líquida essa tristeza, essas águas também são dinâmicas e fluidas.
Entenda que ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado.
Momentos, fases, sentimentos, coisas, passam. Aceite isso. E a partir dessa
aceitação você perceberá que desfazer-se de certas lembranças significa também
abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Você não
precisa esquecer, mas deixe acabar. Deixe passar. Reconheça que já foi. Ponha
um fim nesse apego. Saiba esperar por novas oportunidades e saiba não esperar
também. Se você observar bem, as coisas nunca são totalmente erradas. Foi dessa
forma que eu aprendi a viver em paz comigo mesma, praticando o desapego.
De tanto
se perder, uma hora a gente acerta o caminho.
fonte:filosomvida.wordpress.com/Caroline
Zanon
2 comentários:
Parabéns pelo texto. Há tempos não lia algo tão claro, objetivo e profundo. Tão profundo que toca a alma.Lindo.
Obrigada Israel pela sua participação no nosso blog. Continue conosco e nos dará muito prazer. Abraços de Luz.
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