Eu sei
que é difícil compreender que é possível sim amar uma vida inteira sem ter que
selar um compromisso com o outro. Mas é isso que significa o desapego do Amor
Incondicional: confiança, respeito e segurança em quem vive ao seu lado. É
preciso respeitar a liberdade do outro. Amá-lo em sua essência, em sua
manifestação. Amá-lo como um ser livre, sem posse e sem dependência.
Amor
Incondicional é aquele amor fiel à sua natureza, fiel à própria liberdade. Esse
Amor ama livremente, sem posse, sem apego, e sem esperar algo em troca. Existe
apenas a partilha de sentimentos genuínos. Realiza-se por puro prazer de fazer
o bem ao outro. Através dele, duas pessoas permanecem verdadeiramente juntas.
Hoje
entendo que o Amor permite liberdade. Você ama tanto a pessoa que não interfere
em sua privacidade. A “exigência” básica é: “Eu aceito a outra pessoa como ela
é. A felicidade da pessoa amada é a minha felicidade.” Não existem condições.
Dar Amor é a verdadeira experiência. Aqueles que encontram a fonte, amarão por
nenhuma outra razão, além de simplesmente terem muito amor, sem nada exigirem
em troca.
O que
vejo hoje em dia são casais que transformam o Amor em cadeias para ambas as
partes. O cabelo só é cortado se permitido. As roupas são usadas apenas se
aprovadas. Sair apenas se for na companhia do outro. Isso são regras
estabelecidas pelo egoísmo. Há pessoas que, se pudessem, controlariam até mesmo
o pensamento do outro, a ponto de torná-lo a sua própria sombra. Isso é posse.
Muitos expressam o Amor como uma necessidade de privar o outro de viver. E isso
é egoísmo demais para conseguir viver algo altruísta sem se cansar ou querer
impedir que o outro vá embora.
“Eu te
amo, mas sou feliz sem você!”
Eu sei
que é difícil compreender que é possível sim amar uma vida inteira sem ter que
selar um compromisso com o outro. Mas é isso que significa o desapego do Amor
Incondicional: confiança, respeito e segurança em quem vive ao seu lado. É
preciso respeitar a liberdade do outro. Amá-lo em sua essência, em sua
manifestação. Amá-lo como um ser livre, sem posse e sem dependência. A sensação
de posse vem da sua dependência, do medo de perder. Isso é o APEGO, consciência
do TER.
O Apego
está no pólo oposto do Amor, por estar fortalecido pelo medo e a infelicidade.
Ele faz com que tentemos mudar, melhorar, manipular, controlar quem
compartilhamos a vida – “Se quero possuí-lo, corto suas asas e deixo-a em meu
lado para sempre”. O Amor como consciência elevada do ser humano está no pólo
positivo, onde se encontra liberdade e paz interior. Então não se tenta
manipular e nem controlar a pessoa que ama. Não existe jogo de extorsão
emocional, não perde-se a sua liberdade e respeita a do outro.
“Se amo,
fico feliz vendo suas asas crescerem e você voando.”
Respeitar
a liberdade do outro já é Amor. E, se priorizo a vida de quem está comigo, isso
já está de bom tamanho.
Vivam
juntos sim. Mas respeitem o espaço de cada um. O lar é um templo que deve ser
sustentado por duas colunas: cada uma na sua posição para que realmente haja
apoio. O que significa relacionar-se? Significa a UNIÃO, e não a fusão dos
seres. Não se pode querer controlar os gostos e até mesmo os desgostos da
pessoa com quem nos relacionamos. É necessário que cada um cresça e permita o
crescimento do outro.
Em nome
do Amor, devemos estender a mão para oferecer apoio e não para acorrentar. Quem
ama propicia segurança, confiança e afeto. Entenda que a pessoa com quem você
se relaciona não lhe pertence. Ela é uma alma em busca do próprio
aperfeiçoamento, tanto quanto você.
Liberte-se
e liberte o outro para que o Amor em suas relações se expanda e alcance o
patamar de fluência ideal. Quando começamos a perceber que ninguém é
eternamente de ninguém, ou que ninguém é posse de ninguém, é o caminho da
liberdade e do equilíbrio nas relações que envolvem seres em processo de
desapego.
A
liberdade de amar e ser amado deve vir acompanhada de uma envolvente energia de
mútua entrega. Porém, um envolvimento com a clareza de que não somos
“proprietários” ou “serviçais” daqueles aos quais escolhemos como parceiros na
troca da energia mais intensa do universo: O Amor.
Te vejo
livre, não domino. Me vejo livre, não pertenço.
No fim
das contas… Isso é Amor.
fonte:filosomvida.wordpress.com
Caroline Zanon
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