terça-feira, 30 de junho de 2015

DEIXE IR!


E eu tô aqui pra te dizer: Se liberte! Felicidade também é soltar. Buda nos ensinou: ”Alegria e prazer são baseadas na desistência”. É necessário que você aprenda a desenvolver o hábito de concretizar o desapego e a liberdade. O que passou, passou.
O ser humano tem uma dificuldade imensa de encerrar ciclos, de virar a página, de deixar ir. Difícil aceitar a morte daquilo que um dia fomos, daquilo que um dia foi nosso, daquilo que fez parte da nossa identidade, da nossa rotina, da nossa vida. Reforçamos a todo momento a perda, procuramos um culpado, sofremos a dor de um luto, não aceitamos a nossa nova realidade. Nos prendemos a uma condição que não faz mais parte do presente, ficamos imersos no sofrimento. E eu tô aqui pra te dizer: Se liberte! Felicidade também é soltar. Buda nos ensinou: ”Alegria e prazer são baseadas na desistência”. É necessário que você aprenda a desenvolver o hábito de concretizar o desapego e a liberdade. O que passou, passou.

O mestre budista Chogyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar. A capacidade de continuar nos ajuda a perceber que nenhum problema é em saída. Seguir adiante significa não nos deixarmos estagnar pela inércia, pelo medo ou pela irritação.

Há momentos na vida em que é preciso desapegar-se de tudo e de todos para se encontrar um novo caminho, uma nova forma de ver e de viver a vida. É preciso gerar uma abertura de grandes áreas, de modo que a introdução de novidades venha e renove as energias criativas. No entanto, para que isso aconteça, necessário é, antes de qualquer coisa, desapegar-se do que não é mais imprescindível, desapegar-se daquilo que foi bom mas que já não é mais tão bom assim; desapegar-se de quem quer partir e precisamos deixar ir, desapegar-se de uma dor, de um sofrimento, de uma tristeza que corrói a alma, desapegar-se dos muros do passado, desapegar-se do apego que o outro possui em relação a você.

Diversas vezes as pessoas insistem em querer permanecer vivendo situações mesmo quando não consideram ser o melhor para elas. Ou permanecem nelas porque acham que ainda podem conseguir algum resultado satisfatório mesmo quando a situação já chegou ao insuportável. Ou ainda, se prendem pelo receio da carência, pelo temor de se sentir só, pelo sentimento de incapacidade, pela dependência na relação com o outro, pelo comodismo apesar do incômodo ou por conformismo ao se achar pequeno demais para a vida. E quando vivem nesses padrões por tanto tempo e resistem à mudança, acabam por não perceber o que o Universo está dizendo e orientando para tal ou qual situação. Desapegar-se é fazer o corte físico, energético, emocional e mental, libertando-se dos vínculos nocivos ao bom e ao bem viver para entrar em Harmonia e Equilíbrio Pessoal, Bioenergético e Espiritual.

Deixar ir não significa esquecer. Não significa deixar de pensar. Deixar ir significa viver o agora. Aceitar o que a vida tem nos dado de presente. Aceitar a maneira que ela tem se apresentado a nós e também como nós temos nos apresentado a ela. Tente receber tudo com sabedoria. Tudo na vida tem um lado positivo, a perda também tem, nem que seja o aprendizado. Lutar contra nossos medos, tristezas e monstros diários é se aproximar da nossa humanidade. Precisamos sofrer, chorar e se abrir às novas possibilidades. Quando um ciclo se encerra, a vida nos presenteia com outro, e talvez até melhor do que aquele que estávamos acostumados. Saímos de um sofrimento e ganhamos força. Nos tornamos mais humanos, ganhamos novos valores, saímos maiores!

Repita, diariamente, como um mantra:

”Estou me tornando calmo
Estou deixando ir
Tendo deixado ir, a vitória é minha
Eu sorrio
Eu sou livre!”

Diante de inúmeras situações semelhantes que vivi, aprendi que o vazio transborda. Aprendi que eu, somente eu, sou capaz de dar fim ao que me causa sofrimento. Hoje eu vejo que o apego não tinha o menor fundamento. E que de passagem em passagem, a tal da maturidade é quem acaba ficando. Então, permita que as coisas se renovem e que as perdas tenham mais de um sentido. E permita que a alegria se aproxime e que traga mais calor para os teus dias. Seja forte, siga em frente, e perceba a importância de se ter braços vazios, pra que se possa ter espaço em si para abraçar o mundo.

”Desapegar-se… É um ato de amor por si!”

Sei que parece que jamais serás o mesmo e que nada mais fará sentido como antes, mas assim como é líquida essa tristeza, essas águas também são dinâmicas e fluidas. Entenda que ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado. Momentos, fases, sentimentos, coisas, passam. Aceite isso. E a partir dessa aceitação você perceberá que desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Você não precisa esquecer, mas deixe acabar. Deixe passar. Reconheça que já foi. Ponha um fim nesse apego. Saiba esperar por novas oportunidades e saiba não esperar também. Se você observar bem, as coisas nunca são totalmente erradas. Foi dessa forma que eu aprendi a viver em paz comigo mesma, praticando o desapego.

De tanto se perder, uma hora a gente acerta o caminho.


fonte:filosomvida.wordpress.com/Caroline Zanon

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo texto. Há tempos não lia algo tão claro, objetivo e profundo. Tão profundo que toca a alma.Lindo.

Guida disse...

Obrigada Israel pela sua participação no nosso blog. Continue conosco e nos dará muito prazer. Abraços de Luz.