O apego, a qualquer coisa que seja, demonstra
desconfiança. Se você ama uma mulher ou um homem e se apega, isso só mostra que
não confia. Se você ama uma mulher e pergunta: "Amanhã você ainda me amará
ou não?", é porque não confia.
Se você vai ao cartório para se casar, é porque não
confia.
Confia mais no cartório, na polícia, na lei do que
no amor. Se essa
mulher ou esse homem tentar enganá-lo amanhã, ou
deixá-lo na mão, você
poderá obter apoio da justiça ou da polícia, e a
lei estará do seu lado,
e toda a sociedade o apoiará.
Você está tomando providências porque tem medo.
Mas, se ama de verdade, o amor basta, é mais que suficiente. Quem liga para o
amanhã? Mas, no fundo, há dúvida. Mesmo quando você acha que está apaixonado, a
dúvida continua.
Dizem que, quando Jesus ressuscitou após a
crucificação, a primeira
pessoa que o viu vivo foi Maria Madalena. Ela o
amava imensamente.
Correu em direção a ele. O Novo Testamento narra
que Jesus disse: "Não
me toque".
Tenho minhas desconfianças de que ele realmente
tenha dito isso. Não
parece certo. Alguma coisa está errada aí. Claro
que o papa pode dizer:
"Não me toque", mas Jesus... é quase
impossível.
Por isso , tentei pesquisar o original. No texto
original em grego, a
palavra pode significar tocar ou apegar-se.
Encontrei a chave. Jesus disse: "Não se apegue a mim", mas os
tradutores interpretaram como "Não me toque". O intérprete usou a
própria mente para a tradução.
Jesus deve ter dito "Não se apegue a
mim", porque, se existe confiança, não há apego; se há amor, não há apego.
Você simplesmente partilha, sem se apegar; partilha em profundo relaxamento.
Osho, em "A Música Mais Antiga do
Universo"
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