Eu
aprendi a me silenciar. Talvez, da forma mais difícil que alguém aprenda essa
lição: Tendo dito muitas bobagens.
Muito
cedo eu me vi cercada de muitos amigos, e muitas brincadeiras, e muitas
risadas, e muitas disputas, e muitos amores, e muitas lágrimas.
Porque,
da mesma forma que eu fui até as pessoas, e as pessoas vieram até a mim;
amigos, familiares, namorados e amantes... Essas pessoas também saíram da minha
vida. Algumas, dentro de grandes equívocos, de grandes mágoas, de grandes
enganos. Alguns, que eu permiti que acontecessem, pela minha ineficiência em
ficar quieta.
Eu
comecei observar que eu não tinha que ter resposta pra tudo. Eu comecei a
observar que eu não tinha que ter a palavra final. Nem o pensamento e nem mesmo
a ponderação.
Eu
comecei a observar que eu podia ficar em silêncio. E que o silêncio
contava pontos, pra minha felicidade, pra minha harmonia e pra felicidade do
outro.
Eu
percebi que o silêncio, me dava um precioso tempo de pensar, antes de
responder. O silêncio me permitia olhar as pessoas, as situações, como elas
são.
De
namorada, eu me tornei amante. De amante, eu me tornei uma cortesã.
E foram os homens que me ensinaram. E foi o desprezo dos homens que me ensinou.
E foi o meu sentimento de solidão que me ensinou.
Mas,
dentro da minha humanidade, antes de me levantar eu tive que fazer um mergulho
muito profundo em tudo aquilo que eu não compreendia. Em todos os sentimentos
de rejeição, de fracasso, de insucesso, de raiva e de ira.
Eu tive
que conhecer o lado escuro, para ter certeza de que ali eu não queria
permanecer. Eu tive que conhecer até da minha própria maldade, para entender,
para assumir, que eu não queria ser má. Para entender, que eu não queria
assumir aquele tipo de comportamento pra minha vida.
Eu tive
que viver coisas que eram contra a minha vontade, para assumir verdadeiras
escolhas.
E hoje
eu venho dizer a vocês: Não tenham tanto medo de fracassar. Não tenham tanto
medo de falhar. Não tenham tanta vergonha de mostrar, de reconhecer e de
visitar as suas sombras.
As
sombras, quando bem usadas, são os buracos onde o espiritual coloca as sementes
pra que elas possam germinar.
Naqueles
momentos em que as pessoas estão sofrendo, confusas, magoadas... Às vezes, sem
se refazer de algum momento muito difícil que tenham passado. É ali, naquela
fenda que se abre naquela escuridão, do aparente caos, que as mais belas
sementes de um novo comportamento, de uma nova vida, de novas possibilidades
são oferecidas a vocês.
Todas
as situações, espiritualmente, são aproveitadas para o crescimento e para a
luz.
E
lembre-se que as sementes não germinam a olhos vistos. Ao contrário, as
sementes de grandes curas se fazem, se tornam aquilo que realmente são dentro
dessas trevas, mergulhadas na escuridão.
Então,
todos os momentos que vocês vivem, mesmo os momentos de profunda confusão, são
momentos de grande importância e de elevação da sua Alma.
Nos
momentos em que vocês se sentem impotentes em resolver uma situação, dão a
oportunidade do Divino se manifestar, através de outras pessoas, de outras
formas, com outras histórias, de outras maneiras.
A
Sombra se mostra em suas vidas, pra que a sua Luz possa se expandir.
Então,
não tenham tanta pressa em sair, em atravessar o mau momento.
Trabalhem para o
seu bem, se fortaleçam na sua luz. Mas, compreendam que é necessário um tempo
para atravessar. É necessário o silêncio e a coragem da solidão. De se ouvir,
de se escutar.
E
saibam que, pra nós, não existem exatamente passos para frente ou passo para
trás. A vida é um grande círculo e, às vezes, o passo mais sábio é um passo em
que você ganha tempo caminhando pelas laterais.
Tenham calma.
Eu
aprendi e transformei potenciais inimigos em amigos muito queridos.
Como
cortesã, eu aprendi o quanto era rico o meu silêncio. E o quanto era importante
eu ouvir o outro, com a atenção que ele merecia. Porque, em muitos
relacionamentos que tive, de nada me adiantaria ter respostas. De nada me
adiantaria ter posicionamentos.
E
muitas histórias que vivi, eu era realmente, completamente impotente.
Então, o
meu grande exercício de transformação dessa relação era ouvir, era não julgar.
Era me tornar, verdadeiramente, amiga até do meu potencial inimigo.
E com
este bom sentimento, com esta boa troca, muitos homens, muitos amigos, muitas
mulheres se desarmaram. Porque sentiram que não estavam sendo atacadas pela
minha pessoa.
E tudo
isso começou no silêncio. Todo esse trabalho de troca, de conversa, de diálogo,
de crescimento... Começou no silêncio. No silêncio que veio de dentro do meu
coração. Do silêncio no qual eu não julguei.
Porque
vocês observem, que quando vocês julgam as pessoas, ainda que seja em silêncio,
esse julgar será cheio de ruídos, barulhos, pensamentos... E isto não é
necessário.
Quando
vocês se despem, do julgamento, são capazes de ouvir e de terem a possibilidade
de novas interpretações. Há um crescimento no silêncio. Há uma barreira a ser
vencida pelo silêncio.
A Luz
de vocês se manifesta quando há espaço. E é isso que o silêncio promove: O
espaço.
Nesse
momento, estou a serviço da Chama Violeta. Trabalhando também com a Chama Verde
da Cura. Atuando com os seus Mentores, na criação desse espaço.
Eu Sou Maria Padilha e tenho atravessado os difíceis Mundos, do egoísmo, da
luxúria, da falta de amor próprio, da insegurança e da solidão. Para estar aqui
com vocês, me comunicando de Coração para Coração.
Recebam
as minhas bênçãos e o meu amor.
Sigam
em paz.
Data: 26/03/2014
Canal: Maria Silvia Orlovas
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