Nos
dias de hoje pode-se patentear bem dizer qualquer coisa e as indústrias
farmacêuticas aproveitam e incluem novos usos, formas de dosagem e combinações
de medicamentos antigos chegando ao cúmulo de mudar, como já foi dito, até a
cor das pílulas. A indústria farmacêutica não tem interesse em desenvolver
medicamentos para tratar doenças tropicais, tais como: malária, a doença do
sono ou a esquistossomose, doenças comuns nos países em desenvolvimento e do
terceiro mundo, pois nesses países a população é muito pobre e não poderiam
comprar seus medicamentos. Por outro lado ela investe, com abundância, em
medicamentos para reduzir o colesterol, tratar transtornos emocionais ou
azia.Precisamos, com urgência, tomar providências contra estas gigantes da
indústria farmacêutica que insistem em distorcer pesquisas, em aumentar seus
lucros custe o que custar, em manter através das patentes o monopólio de
produção e comercialização dos seus medicamentos e de aumentar seus preços a
níveis estratosféricos.Uma, dentre várias, necessidades da indústria
farmacêutica é desenvolver medicamentos para clientes que podem pagar os preços
estabelecidos por eles. Os laboratórios estavam, há tempos, voltados para pesquisar,
para desenvolver medicamentos para tratar doenças; hoje estes anunciam
“doenças” que se encaixam nos medicamentos que produzem. Isto pode parecer
paradoxal e mesmo perverso, mas é até onde tem chegado essa indústria.Quem já
se deu ao “trabalho” de ler uma bula de remédio, já notou que na sua grande
maioria determinado medicamento é indicado para vários tipos de doenças; isto
também é uma forma dos grandes laboratórios burlarem a lei de patentes e ao
mesmo tempo aumentar seus lucros, pois o tal remédio serve para inúmeros males,
isso tudo com o olhar complacente das autoridades e órgãos públicos.Quando um
grande laboratório anuncia a criação de um novo medicamento, com grande
potencial de consumo, logo suas ações na bolsa de valores sobem vertiginosamente,
pois os lucros presumidos nesse novo medicamento são muito grandes e é lucro
garantido não só para os laboratórios como para seus investidores/acionistas.A
indústria farmacêutica manipula resultados de pesquisas científicas, não
realiza todos os procedimentos necessários para colocá-lo no mercado com
segurança para a população, ou seja, a necessidade de auferir lucros, o mais
rápido possível, é o que importa.
Sem que
as autoridades conscientes e a população mundial não tomem medidas duras contra
a ganância dos laboratórios farmacêuticos, mudando os hábitos, voltando-se para
a medicina natural e seus comportamentos, o que nos espera, além do que já
estamos vivendo, é o mundo da saúde se transformar num imenso inferno dantesco.
A
natureza parece quase incapaz de produzir doenças que não sejam curtas. Mas a
medicina encarrega-se da arte de prolongá-las.
Marcel Proust
Marcel Proust
Nenhum comentário:
Postar um comentário