Um dia
você vai ver que não valeu a pena tanta correria, para ganhar dinheiro e não
usufruir. Vai ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta de seu corpo. Vai
ver que, mesmo rodeado de muita gente, você se sente só.
Um dia
você vai se recolher ao seu quarto e ter vontade de abraçar o travesseiro,
porque não sobrou ninguém pra abraçar. Vai ver que, entrando numa roda viva,
você não é mais dono do tempo que dizem que é seu e que não pode cedê-lo a
qualquer um.
Vai ver
que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto.
O telefone é
chato, a gravata incomoda... Por mais que tente se livrar de tudo, é um
escravo, e ainda assim invejado por muitos. Vai ver que não valeu a pena os
anos sem férias, sem descanso. Vai ver que não tem mais ilusões, e a esperança
anda com vontade de dormir. Um dia você vai ver que passou pela vida sem viver.
Freqüentou
o mundo sem saber porquê. Rodou, rodou,
e não saiu do lugar. Pensou que foi, mas ficou. Teve tudo e não sentiu nada.
Um dia
você verá que o tempo escoa tão rápido como a areia fina pelos seus dedos. Vai
ver que resta parar e gritar de cima de um edifício: "Chega!”.
Vai ver
que é hora de sorrir, de amar, de ser da família, de misturar-se com as
crianças e dar a mão ao próximo. Antes que seja tarde demais...
Autor Desconhecido
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