quarta-feira, 21 de maio de 2014

PERGUNTARAM AO OSHO



Pergunta a Osho:

Por que sinto-me incapaz de dar uma risada autêntica?
E existe algum meio de recuperar minha capacidade natural de soltar uma gargalhada?


Você é a vítima, mas não está sozinho. Quase toda a humanidade é vítima: vítimas de pretensões, vítimas do uso de máscaras, vítimas da falta de naturalidade, porque vale a pena ser artificial — a sociedade concede respeito aos falsos.

A sociedade não tem respeito pelos autênticos e verdadeiros, porque os falsos podem ser controlados e a sociedade está muito interessada em controlar todos os indivíduos.

Mas os autênticos não podem ser controlados e a sociedade tem muito medo das pessoas que são autênticas, verdadeiras e sinceras, porque não consegue forçá-las à escravidão, à obediência, a qualquer tipo de estado opressivo, à exploração.

A falsidade recompensa. O desejo de recompensa continua a fazer a sociedade respeitar os falsos.

E porque o falso é respeitado, toda criança começa, devagar, a seguir os falsos. O ensinamento dos pais, o ensinamento dos professores — o esforço todo é para que você adquira uma natureza aceitável pelos outros.

O resultado final é um mundo fingido, onde ninguém é verdadeiro, onde os sorrisos são falsos, onde o amor é apenas uma palavra.

Ainda hoje recebi notícias da Inglaterra. Pesquisaram desde crianças de cinco anos até jovens de vinte e cinco, fazendo-lhes uma única pergunta: "Quais são os dois valores que você considera mais importantes e significativos na vida?"

É chocante ler a resposta dadas por todos, desde as crianças de cinco anos até os jovens de vinte e cinco.

As respostas são: dinheiro e sucesso. Essas são as duas coisas mais importantes na vida. Não o amor, não o riso, não a meditação, não o contentamento, nem mesmo Deus. Dinheiro e sucesso.

Todavia, em um mundo onde o dinheiro e o sucesso são tudo, você não pode ser autêntico — é perigoso. Você terá de reprimir sua individualidade e a cada passo transigir por causa do sucesso, por causa do dinheiro.


Osho, em "Riso: A Religião Essencial"

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