Nesses
últimos tempos trabalhando na sintonia do perdão tenho observado muitas coisas,
desde reação das pessoas, até mudanças inesperadas nas situações de vida. Tudo
muito interessante, e resolvi compartilhar com vocês esta experiência, pois posso
falar por mim e por minha prática, e posso falar de outras pessoas que
gentilmente ofereceram suas constatações para pesquisa.
A
principio percebo que muita gente tem resistência ao perdão. Não porque sejam
pessoas ruins, nem porque não queiram perdoar de verdade, mas simplesmente
porque estão muito sofridas, magoadas e no fundo tem um sentimento de vingança,
de não querer nem pensar na outra pessoa. O que é totalmente compreensível,
porque perdoar alguém que lhe fez um grande mal não é nada fácil. Aliás é bem
difícil, ainda mais complicado quando este mal é recente ou muito marcante.
Percebi
inclusive que mesmo que esta negatividade venha de um passado distante, como
algo da infância, normalmente as pessoas guardam a mágoa porque acham que não
mereciam enfrentar tudo o que viveram, e mesmo quando algumas dessas pessoas
entendem que em vidas passadas tiveram comportamentos e atitudes muito ruins
que semearam esses acontecimentos nesta vida, poucos se entregam de verdade
para esta idéia. Parece que ninguém aceita o aprendizado oferecido pela
reencarnação nesta hora. Como se pouco ou nenhum significado tenha ter magoado
alguém, desprezado, traído ou até matado alguém em outra vida. Como se o
nascimento desta existência tivesse de fato zerado todas as outras histórias.
Mas
não é assim. Somos de fato um espírito aprendendo, se soltando, evoluindo em
cada existência, e por isso faz todo sentido alguém nascer cego, defeituoso,
doente nesta vida, ou mesmo alguém trabalhar de forma incansável e não
conseguir guardar dinheiro... Enfim todas dores tem o seu porquê.
Como
os mestres são profundamente compreensivos, e amorosos, nem sempre precisamos
saber o porquê do sofrimento. Podemos caminhar sem essas revelações, desde que
cultivemos um coração mais manso, e que aceitemos os fatos da vida. Aceitemos
que de alguma forma um dia interagimos com a dor e provocamos o mal.
Assim
amigo leitor, o primeiro passo para o perdão é aceitação de que provocamos a
dor em algum momento, e justamente por isso temos um poder frente a este
desafio.
Segundo
passo que vem anexado ao primeiro, é caminhar, é vencer dentro de si mesmo a
resistência ao perdão. Vamos a um exemplo: digamos que você tenha um problema
sério para perdoar com seu pai, ou com sua mãe ou mesmo com ambos. Ok... Isso é
um fato, e é difícil, mas não impossível se você quiser de verdade. Mas vai
depender de você.
Porque muitas vezes o outro não tem nenhuma consciência do
que fez, e mesmo que você cobre dele um mínimo de compreensão, pode ser que
jamais, ou pelo menos nunca nesta vida esta pessoa vá compreender o seu ponto
de vista, e não devemos esperar que ninguém mude para nos agradar. Cada um é
como é.
De
novo aqui nos deparamos com o primeiro passo do perdão: Aceitação! Mas nós
queremos caminhar, não é? Então vamos buscar não nos identificar totalmente com
a questão. O que significa deixar de se colocar na situação de vitima, porque a
vitima é algo terrível, estanque, doente, e negativo. E você no seu caminho de
descoberta da ascensão, jamais deve cultivar esses hábitos negativos. E mesmo
que não consiga se livrar do vitimismo, o fato de ter alguma noção de que essa
postura é negativa, já fará diferença na sua conduta.
Afastar-se
do pivô de uma questão sofrida pode ajudar muito, porque como diz o velho
ditado, aquilo que os olhos não vem o coração não sente. Mas temos que tentar
tirar essa visão também dos olhos internos, da lembrança, das memórias
recorrentes, e é ai que entra a meditação do perdão.
Quando
você compreende que de alguma forma provocou este mal, que teve interação com o
a dor, nesta ou em outras vidas, você deixa de ser uma pobre e impotente vitima
e passa a ter o poder de escolher novos caminhos. E pode inclusive se afastar
fisicamente da pessoa, ou das pessoas. Pode também se a convivência o forçar ao
convívio, o que acontece com muita gente, se isolar no pensamento, não reagir a
agressões, não brigar, não discutir, não levantar o mal.
Você
pode sim, fazer tudo isso. Mas terá que lidar continuamente com a sua raiva. E
de novo voltamos ao primeiro passo que é aceitar. Neste caso aceitar que tem
raiva, que sua dor, sua mágoa ainda provoca raiva, mesmo que a situação tenha
acontecido há anos atrás, a raiva pode ser muito atual. O que é uma lastima,
mas uma situação freqüente.
Sempre
brinco com meus clientes dizendo que o karma está na família, na verdade na
forma que lidamos com nossa família. Lembrando que o karma não é uma energia
fora de nós, nem muito menos uma força, uma lei que venha de fora, dos mestres
que estão nos julgando. Se você ainda pensa assim, por favor mude isso. O karma
é uma energia que vem de você e das pessoas envolvidas, e justamente por isso
pode ser mudado.
E garanto que mudanças poderosas podem acontecer. Já vi isso
na minha vida e de outras pessoas.
Logo
mais devo novamente abordar esse assunto aqui no blog, pois tenho certeza que
essa compreensão do perdão é profundamente libertadora, e fundamental para a
ascensão planetária.
Se
você gostou, por favor comente, divulgue, coloque no facebook, porque o
objetivo deste blog é servir ao despertar, ajudar pessoas que estão por perto,
ou longe fisicamente mas conectadas com essa vibração.
Gratidão
a querida Cleane e Jô, sempre presente, sempre amigas, sempre prontas a ajudar.
Fechando
esse artigo me lembrei de uma frase que há anos os mestres repetem: Ninguém é
seu amigo, ninguém é seu inimigo, cada um é seu instrutor!
Penso
que se desejamos aprender com amor, precisamos nos limpar de tantas dores que
estão dentro de nós, porque se não nos perdoamos, se não nos amamos, jamais
teremos energia compatível para dialogar com seres de luz.
E
vamos na luz ao amor e ao perdão!
Maria
Silvia Orlovas
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