domingo, 21 de abril de 2013

O CONCERTO UNIVERSAL




Uma orquestra é o exemplo vivo de como deveria ser a vida em sociedade, se todos nós estivéssemos conscientes de quem somos, quais os nossos dons e o que aqui viemos fazer.

Numa orquestra, existe uma variedade de instrumentos diferentes, tocados por pessoas de diversas idades, muitas vezes de nacionalidades diferentes, unidos pela partitura e pelo desejo de executar uma música bela e harmoniosa.

A beleza é resultado do trabalho de todos e de cada um. Para que surja uma bela sonoridade é necessário que cada um daqueles instrumentos esteja muito bem afinado e que cada músico saiba o que está fazendo, consciente da parte que lhe cabe na execução da sinfonia! Se um deles desafinar, diminui a beleza do todo.

O maestro rege, buscando atingir a perfeição, o mais próximo disto e se dirige, com seus movimentos, a todos e a cada um em particular.

Que genial é a capacidade de alguém criar movimentos sonoros diversos para cada instrumento, que juntos se encaixam e resultam num som que até parece executado por uma só pessoa, por um só músico, tamanha é a integração entre todos.

Se cada um de nós fizesse o melhor que pode, no local onde está, com a certeza de que tudo que fizer é abençoado pela divino, pois faz parte de um todo necessário, seria maravilhoso viver.

A inveja, o ciúme, não existiriam, pois saberíamos que, embora o outro faça algo melhor que nós, o que realizamos -da forma que podemos fazer- só cada um de nós seria capaz de executar.

E a realidade seria outra, pois respeitaríamos o próximo, fosse ele quem fosse, considerado importante, ou não. Jesus, o espírito mais sábio que já passou pelo nosso planeta, escolheu a profissão de carpinteiro e sabemos que poderia ter sido o que quisesse. Certamente, naquela época, a corte e todos a ela ligados eram muito respeitados. Nada disto interessou a Ele, nosso irmão maior.

Cada função desempenhada por nós é um aprendizado, é uma forma de serviço para o Todo. Se hoje somos conhecidos, homenageados pelo que fazemos, nem sempre foi assim - em outras vivências - nem o será, necessariamente, nas próximas.

O desempenho do que fomos chamados a fazer é o que mais importa. Não devemos trabalhar apenas visando o ganho material, pois este deve ser apenas a consequência de um trabalho bem feito e se estivermos obedecendo aos anseios de nosso coração, em primeiro lugar, com certeza realizaremos nossa missão de uma forma que nos dará a grata sensação de paz, de uma vida bem vivida.

Estamos na matéria, mas não podemos viver apenas para ela, pois somos espíritos eternos estagiando numa escola planetária onde temos muito que aprender e sempre estamos ensinando alguma coisa.

Tudo acaba se reportando ao conhecimento de si mesmo, porta de abertura para uma vida mais honesta, mas íntegra! Não interessa se o que fazemos parece sem valor aos olhos da maioria, pois se o fizermos com o coração e da melhor maneira possível, será uma nota de beleza e sonoridade, na sinfonia da Vida.

Primeiro, procuremos saber o que viemos aqui realizar. Só cada um pode se responder. Ninguém mais. O divino em nós, quando consultado, vai nos apontando o caminho, através de sinais que vão nos conduzindo. Uma "coincidência" aqui, outra ali e nossos passos se dirigem numa dada direção.

Depois, afinemos nossos instrumentos, aprendendo o mais possível, para que o que fizermos seja de qualidade, claro que dentro das nossas reais possibilidades.

Com comprometimento, alegria, entrega, dedicação e confiança no maestro divino, sem dúvida, tocaremos o que nos cabe na Sinfonia da Vida, de tal forma que não teremos dúvidas quanto ao nosso valor!

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