Quando culpamos o
outro, entregamos o nosso poder, porque estamos colocando a responsabilidade
pelos nossos sentimentos em outra pessoa. As pessoas em nossas vidas podem se
comportar de maneiras que desencadeiem reações desconfortáveis em nós.
Entretanto, elas não entraram em nossas mentes e criaram os botões que foram
empurrados.
Assumir a responsabilidade pelos nossos próprios sentimentos e reações é
dominar a nossa “capacidade de responder.” Em outras palavras, aprendemos a
escolher conscientemente, ao invés de simplesmente reagirmos.
Não podemos falar de ressentimento sem também falarmos sobre o perdão. Perdoar
alguém não significa que toleremos o seu comportamento. O ato do perdão ocorre
em nossa própria mente. Ele realmente nada tem a ver com a outra pessoa. A
realidade do verdadeiro perdão está em deixarmos de nos agarrarmos à dor. É
simplesmente um ato de nos liberarmos da energia negativa.
O Perdão não significa permitir que as ações ou comportamentos dolorosos do outro
continuem em sua vida. Algumas vezes, o perdão significa liberação. Você os
perdoa e os libera. Tomar uma posição e estabelecer limites saudáveis são,
muitas vezes, as coisas mais amorosas que você pode fazer – não somente para si
mesmo, mas para a outra pessoa também.
Eu realmente acredito que não há erros. Quando os nossos corações estão
fechados e sentimos ressentimento, raiva e tristeza, é difícil ver alguma coisa
boa. No entanto, quando os nossos corações estão abertos, é como se grande
parte desta negatividade desaparecesse e fôssemos capazes de liberar estes
velhos pensamentos e despertarmos para a alegria. Para cada um de nós, há
sempre a alegria interior. E precisamos saber que somos muito perfeitos como
somos.
Não importa quanto caos possa estar acontecendo ao nosso redor, não importa
quantas coisas possam estar acontecendo de errado ou não da forma como
queremos, não importa o que os nossos corpos possam estar fazendo no momento –
podemos amar e aceitarmos a nós mesmos. Pois a nossa verdade – a verdade do
nosso ser – é que somos eternos. Sempre fomos e sempre seremos. E esta parte de
nós mesmos continua para sempre. Alegre-se que assim seja. Quando nos amamos e
nos aceitamos exatamente como somos, torna-se mais fácil passarmos pelos
momentos difíceis. Não estamos mais lutando contra nós mesmos. Estamos nos
aceitando.
Estamos nos tornando sensíveis. Estamos nos valorizando. Estamos nos
confortando e tornando as coisas mais fáceis para nós mesmos.
Veja-se na frente de um espelho, olhando para os seus próprios olhos e dizendo:
“Eu o amo e o aceito exatamente como você é”. E respire. Permita-se sentir o
que você está sentindo. Você não tem que ser perfeito. Você já é perfeito como
é: Você é você. Você é exatamente o que escolheu ser nesta existência. De todos
os corpos e de todas as personalidades que estavam disponíveis, você escolheu
ser quem você é – experienciar este mundo, esta vida, através do seu corpo,
através de sua personalidade. Assim, ame a sua escolha, pois é parte da sua
evolução espiritual.
Louise Hay
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