Você já
reparou como a vergonha está super presente na vida da gente? Para algumas
pessoas, ela é tão forte que parece um monstro, um verdadeiro obstáculo para
atingir a felicidade.
Alguns
a sentem em determinadas áreas e há aqueles que a vivenciam em outros planos.
Geralmente, ela aparece quando você é chamada para fazer alguma coisa e começa
a ter medo do próprio desempenho. Medo de fazer uma bobagem, de fazer feio, de
dar um fora e ser objeto de gozação de um grupo. Enfim, medo de parecer
ridícula.
O que
muita gente não sabe, no entanto, é que o envergonhado tem a pretensão de ser o
certinho. Ele sempre quer agir da maneira que está de acordo com o padrão e que
ninguém contesta. Ou seja, é a nossa maldita vontade de ser o perfeitinho
entrando em cena. Quanta ignorância!
Olha,
vergonha é a doença do pretensioso, viu? E pretensioso nada mais é do que
aquele sujeito que pretende ser aquilo que não é, que deseja ter determinada
qualidade pra impressionar o mundo ao seu redor. Quer a aprovação, a
consideração e o respeito de todos. Sabe o que isso significa? Que ele está
dando muito poder às pessoas. Eu chamo isso de deslocamento de poder. Enfim, o
importante não é a opinião dele e sim a dos outros. Pode parar com isso,
hein!?
Se você
sofre desse mal, proponho uma mudança. Assuma a pessoa que você é. Respeite-se.
Coloque-se em primeiro plano. Quando a gente tem receio de dar um fora é sinal
de que estamos nos vendo como uma porcaria e isso não é verdade. E outra, quem
sempre quer causar uma boa impressão nos outros acaba se dando mal. Uma vez
preocupado com o próprio desempenho, você se engasga, se atropela, se
constrange e acaba produzindo o pior.
Por
outro lado, quando se despreocupa com a sua imagem, você se sente confortável,
espontânea e até criativa. E mais, algumas qualidades da sua essência vêm à
tona, como o bom humor, a esperteza no sentido de ter ideias geniais e tiradas
engraçadas e inteligentes. Bem aquela coisa que faz uma pessoa ser simpática,
interessante e apreciável por todos.
E é
muito fácil as pessoas se constrangerem. Como aquela garota que entra numa
loja, veste um monte de roupas, não gosta de nenhuma, mas leva uma peça por
receio de falar não e ser julgada negativamente pelo vendedor. Ou, então,
aquela esposa do tipo “Amélia”. O marido machão deita e rola, e ela se submete.
Quanto mais ela se deixa constranger, mais ele fica machão. Ela, por sua vez,
se torna um capacho.
Ora!
Quando você acredita que agradar os outros é uma maneira de conquistar alguma
coisa está, na verdade, se iludindo e se negando. E a negação de si mesma leva
à solidão e ao sofrimento. Os resultados são péssimos, porque, pela lei da
natureza, a vida lhe trata como você se trata. Agora me diga: quantas vezes eu
já disse isso a você?
Se quer
realmente acabar com a sua vergonha, comprometa-se com a sua verdade. Não dê
poder aos outros, não se diminua, aprenda a dizer não sem receios. No início, é
difícil, mas depois vai perceber como as pessoas vão passar a admirar você. É
isso mesmo! Todo mundo admira aqueles que têm coragem de ser o que são. Assuma
o seu poder e a sua verdade, e conquistará não só o respeito de todos como a
própria dignidade!
Luiz
Gasparetto.
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